A tinta que escreve palavras
na brancura do papel
é sangue das minhas veias.
O verso que esse sangue ao correr discorre
manda a mão do peito
que se evada voltando
e se inscreva nos meus olhos
e como um espelho convexo
devolva ao sentido
o que o côncavo reflectiu invertido
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cinco anos de silêncio e uma tal de falta
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