Desmontou-se a aparência do real
e o que resta agora é realmente
a realidade infesta de fantasmas
e de pavor
Quando a bruma tolda o olhar e tudo parece negro e cinzas, olha para o alto que nunca te descurará.
A alma também adoece
a minha há muito que é uma doente caprichosa
e só a minha dor a conhece
vivemos todas numa clausura infinita e sem paredes
É de uma beleza inefável esta prisão
e mesmo presa sinto-me pegada ao colo
por mãos invisíveis e silenciosas,
mas só estas mãos invisíveis e infinitas conhecem a profundeza da minha dor,
e se não fosse por elas há muito havia morrido
e a esperança comigo.

cinco anos de silêncio e uma tal de falta

E parecia, sim, que a vida tinha perdido alguma cor Que o frio gelava mais,  que o sol já não brilhava da mesma forma E eu só queria que me ...