Cantemos um hino aos vícios

e calemo-nos quando for adequado...

Enfim..........

Há luzes que se fixam no olhar.
Perfumes que se deixam para trás IRRITANTEMENTE.
Corpos vazios, que já não conheço,
Tão cheios de sem-sentido...
Por pouco não te esqueço,
lugar de ser perdido, fendido...
Dá-me a voz e adormeço!
(Tinhas que ser perfeito, nessa imperfeição impaciente?)
Arrancaste-me do peito o batente...
Há muito!
há muito...

Tanto ser desperdiçado

Ora bem, isto é assim: Acordei, é verdade, hoje acordei, para a morte do costume, para me encher de coragem e para afiar deste punhal o gume de outra margem. Da outra margem de mim... Vi um rosto no espelho: Tragicomicamente, cheirou-me a velho, a pôdre, a doente. AhAH!!! Não és uma máscara... E não há mão de te manter. Mata-me de te ser sem que passe esta vidinha... (Quis vomitá-lo, mas era meu e não saía...) Desapaixonei-me enquanto ria!!! Desapaixonei-me enquanto ria e agora sou livre, de ser à sorte.
Tantos lugares desperdiçados... Tanto tempo estragado... Sem ter, tenho mão de me perder... Esvair-me-ei...

The F word stands for frustration!

Não posso NADA de entre o festival de multidões que me arrasta, sinto-me presa, despojada de mim... Queimada pelos olhares gelados que me devolvem à mágoa de não saber falar. Mas que me importa? (TUDO) Não devia.... E não podia... Poder mais que nada. Aos poucos estamos diferentes e há sempre um pretexto: Agora não. Pois daqui a pouco... Não vale nada! Desejos de sentido, de vanglória, de acalmia! Não valem NADA! Nada se salva, tão pouco eu me salvarei!!

rascunho para o luto de outro lado

Como posso dizer-te que não consigo dizer, aquilo?...

Precisamente o que não consigo dizer!

Como posso mostrar-te o que não me atrevo a olhar de frente?...

E como posso dar-te o Mundo que não possuo?

Não tenho nada!

Tenho tudo o que me escapa.

Mas estava para te dar este nada só a ti, se soubesses escapando de nada, escapar-me de te querer!

Com que hipocrisia te olho sem chorar?

Com que corpo ando de passada leve e queixo alto à tua frente?

Com que cinismo te guardo no lugar da paciência?

Sem coração, sem sentidos e sentir, sem vergonha de exibir no rosto uns olhos que são porta para nada! Uma armadura inquebrável, de vidro espelhado que uso como se fosse a pele que arranquei, à força de sentir o sangue nas veias!

Não há espaço, não quero que haja!

Gloriosa visão , sem tempo que lhe toque, sem brilho que lhe passe! A eternidade com que te gravei, matou-te e transformou-se em ti...

Vivo foste o meu bastante...

O maior salto dos que errei!

Quem dera que passasses, renascesses insignificante e me devolvesses a vez!

cinco anos de silêncio e uma tal de falta

E parecia, sim, que a vida tinha perdido alguma cor Que o frio gelava mais,  que o sol já não brilhava da mesma forma E eu só queria que me ...