Tenho avidez e fome de poemas
Temo que tenha tamanha sede
que me enrede na rima em rede
que compõe o génio, cristalina.
Tenho avidez e fome de poemas outra vez e tão aguda
Que já não tenho quem me acuda na demanda astraldina
de ler
uma e outra e outra vez
Tenho uma ânsia que não contenho
Que não termina
Tenho fome e avidez do canto
Que conquanto espírito canto
assim e ao revés
vosso meu nosso
uma e outra e outra vez
Tenho em mim um estranho quando leio....
Talvez mais, talvez!
Talvez sejam dois ou mesmo dez
Os cantores do tanto que em mim alastra
e contamina
Por eles
uma e outra e outra vez
Ponho à janela
A alma que
lida
m'ilumina e instiga
A querer ser grande como vocês!!
Meus amigos, minha lira,
(meus mestres tristes)
vossos versos, que são prantos,
sejam nossos, sejam cantos!!
Que tanto expiamos a cantar!!
Eu que sou grande em ser pequenina só por vos ler
Faço o pedido modesto que desde pequena me determina:
Deem-me um só, uma só migalha, um só verso!!
Deem-me
esta vossa minha nossa
Centelha
de Universo!!
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