A si metria poética

 Bem visto, o espaço que escasseia entre as cerdas de uma teia 

é geométrico e nenhum

É uma linha que experimenta rente 

ser paralela a outra


Mas o escasso espaço que tacteia

Esta linha teia-veia

É o que se compreende entre esta e outra que a ela guia

Como de resto intuiria no esvaziamento

Uma mente arguta


É que se exige astuta a imagética

De que a poesia não é geométrica porque existe um limite para o que há de indiferente 

(e que definitivamente não cabe à métrica)


Um limite

Que mora dentro de cada hora em que habita cada gente


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cinco anos de silêncio e uma tal de falta

E parecia, sim, que a vida tinha perdido alguma cor Que o frio gelava mais,  que o sol já não brilhava da mesma forma E eu só queria que me ...