Em que bolso da vida cabe a doença?

Se perguntares, não parei.

Não me detive a olhar para ela.

Não se me escapou nenhuma vida com que tenha sonhado ter sido diferente.

Olhando para trás não se percebe nada,

Senão a dor imensa da saudade de poder ter ser.

Podia haver diferente, pode sempre haver diferente.

Mas não se diz, nunca se diz e assim pode-se não saber.

Se entendo, não. Se compreendo? Com o abraço todo! 

Pode cansar por ser maior que eu 

E certamente não cabe num bolso

Mas, a saber, 

não trocava esta fragilidade minha por nenhum poder de Colosso 

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cinco anos de silêncio e uma tal de falta

E parecia, sim, que a vida tinha perdido alguma cor Que o frio gelava mais,  que o sol já não brilhava da mesma forma E eu só queria que me ...