Os mortos são gente estranha
porque a morte não se soma,
não se sabe, só se entranha.

agarra-nos em bruto na sua manha
adormece-nos, desmaia-nos
e de súbito tudo tem uma cor estranha

tudo se transforma nas cinzas
dos fatos de luto

não se quer acordar
nem dormir
nem andar
só sumir.

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cinco anos de silêncio e uma tal de falta

E parecia, sim, que a vida tinha perdido alguma cor Que o frio gelava mais,  que o sol já não brilhava da mesma forma E eu só queria que me ...