Sobre o vidro jaz uma sombra ténue. Jaz lembrando o que, ora esquecido, se mostra agora. Nem a luz que a recorta se incomoda. Deixa-a só mostrar-se sombra e contraluz e o recorte que faz seduz.
A lâmpada do tédio permanece quieta e apagada. Tudo quanto do tédio é morada faz-se por não se ver. Brilha contrário por não antever o avesso disso. Brilha fugaz no seu sumisso, essa sombra de adormecer.

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cinco anos de silêncio e uma tal de falta

E parecia, sim, que a vida tinha perdido alguma cor Que o frio gelava mais,  que o sol já não brilhava da mesma forma E eu só queria que me ...