O meu génio fora outro, não escrevia.

Menor seria o meu sofrer
se soubesse este escrever
pertença de quem não temia.

Mas sou frágil, sou pequena  e sou só.
E tremo pensante que um dia serei pó.

Mas minha escrita de pé semblante
durando mais que o instante
                                   que o corpo permitiria
ficando viva,
                   ainda,
seria
a vitória sobre o pó

Que devaneio este meu,
querer sem escada alcançar o céu

qual tamanha desmesura

Mas será outra coisa ser poeta?
Será que um grande verso enceta
pedir menos por ventura?

Calada por já espero o perdão
por toda a ponta de vaidade
pois sei que bem e em verdade
      meu eu
            não passa de uma mão.


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cinco anos de silêncio e uma tal de falta

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