Num bosque dentro, preso entre a costura de dois corações

Na costura dos dois,

Eram portas pequeninas

Que pendiam do chão como gotas de memórias

De âmbar petrificado pela solidão


Não se abriam por fora

Nem por dentro,

Não

Era uma costura sem linha, uma gravidez sem luz e sem cordão.

Se bem me lembro tinha ficado tudo cristalizado assim

Sob o chão de pedra de mim

Pousado no teto da clareira de um bosque denso

E imenso

Escondido por ser ermo e ninguém me descozer para lá chegar

Mas descoberto pra fora-dentro aos elementos 

só para a erosão da solidão o vergastar...

Mas era assim porque ela-eu queria?

Ou porque nenhuma de nós se sabia mais bem-querida num sítio melhor, onde pudesse ser-ver-se... E prosperar?


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