De viseira e capuz vai p'ra de fronte
Leanor pneumologista
Nem quando sonhou ser pugilista
Se pensou neste horizonte
Demanda diária de combatente
Magotes, pacotes de gente
Ao cargo desta intensivista
Ninguém sabe, como e quem é, donde vem,
Só que o fato a separa dos que têm
Triste, virulenta premissa
P'ra conclusão triste e imprevista
Quem é Leanor, intensivista?
O sistema todo, visto do lado humano, intimista,
Que antevisto pela insanidade economista
Carece carências de verdade
Aqui quem não teve peste não é rei,
é ilusionista
A tossir pró lado, a coçar a vista
Mas de alergia, não de maleita
Qu'essa sim, só se deita
sobre nós se formos o outro
Tiveste peste?
Passaste fome, sede, depressão?
Fruta da época, então!
Aguenta-te Leão!!
Ainda há quem lhe resista...