levo a existência às voltas de mim
das  cinzas de onde me ergo
todas as noites que amanhecem
sem serem interrompidas
pela morte figurada do sono

E mesmo quando durmo
sonho

e tenho uma segunda vida que é a noite
mascarada de todos os lugares que visito
cá dentro
enquanto acordada me adormeço
e adormecida me acordo

é mais um dia de eu
e ando por aí
a tentar ser todas as pessoas que me cabem
cá dentro

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cinco anos de silêncio e uma tal de falta

E parecia, sim, que a vida tinha perdido alguma cor Que o frio gelava mais,  que o sol já não brilhava da mesma forma E eu só queria que me ...