O que os Homens detestaram e o que Deus amou

Os homens detestaram a riqueza,

A plenitude,

E depois a pobreza 

E depois a pureza

E depois a luz 

A seguir a verdade 

Enfim o caminho 

A vida 

E o amor 

Detestaram a brancura gloriosa 

E de forma dolorosa 

Detestaram o Senhor 


Incruenta, a sanha cruenta da sexta-feira da paixão 

Mora agora num pedacinho de quase incolor... De Pão!


E é Jesus 

O Cristo 

Que o Pai ama tanto...


Mas Deus amou também 

quem O detestou

E ama tanto ou tão bem o homem 

Que leva para o Céu consigo 

Quem tem n'Ele um Amigo 

Sem saber como O tem...


Esse Amigo é assim 


Chega antes de nós 

Liga-nos as feridas 

E depois dá o tempo para sarar

Chega sempre primeiro 

Assim que pedimos 

Nós

Que somos mais difíceis de gostar...


Que vergonha sinto, meu Deus 

Quando me olho devagar...


Mas não me esqueço: Amaste-me primeiro 

Eu que sou difícil de gostar...!





Natal 2025 I

Podia perder-me esta noite toda 

Aqui 

A olhar 

Podia estender-me neste deleite de luz

Que é ver-Te,

Jesus,

Acabado de chegar...

Podia estreitar-Te nos meus braços,

Só porque és pequenino.

E assim Te fizeste para que os meus braços tão curtos Te pudessem abraçar...

Por uma noite,

Dás-me o deleite 

De Te ver: menino de leite.


Quero ficar assim para sempre 

A sentir a Tua pulsação na minha 

A escutar a Tua respiração em tudo 

Que tudo me fale de Ti


Esta noite,

Cantamos com os Anjos e os Santos

Que é Natal e Jesus já dorme

E Maria, rendida, descansa ao ombro de José que, em silêncio,

Sorri!


O que os Homens detestaram e o que Deus amou

Os homens detestaram a riqueza, A plenitude, E depois a pobreza  E depois a pureza E depois a luz  A seguir a verdade  Enfim o caminho  A vi...