Das coisas pequeninas II

II.

Notaste como era pequena

A chama do fósforo a arder?

E como se não a apagas 

tende a crescer?


Não há nada grande que não tenha nascido pequenino


E Notaste como é pequeno 

Um gesto de carinho?

E como salva

se o soubermos receber?


Não há nada grande que não tenha nascido pequenino


É de pouco que muito se faz

E somos pouco o suficiente

Para não ser justo andarmos para trás


Somos pouco o suficiente

Para dar à outra gente

O que nos cabe e lhes sufaz



Sem comentários:

cinco anos de silêncio e uma tal de falta

E parecia, sim, que a vida tinha perdido alguma cor Que o frio gelava mais,  que o sol já não brilhava da mesma forma E eu só queria que me ...