O Texto é sempre um pretexto para re-ser
re-ser-se corpo na pele de outro corpo
-o corpo outro que nos está a ler-
Que nos vai saber corpo a partir do escopo
do texto-mente com cujo corpo
textualmente se mente tão bem
O Texto é raro
Porque o escopo que lhe dá corpo também,
-O corpo ideia que medeia o que não é corpo
com o que incorpora tão bem-
E então compreende-se no outro
que se separe o corpo do texto
do escopo-corpo também
O Texto existe aquém do que vai além
Aponta para o de-lá
Diz abundante o que não detém
E torna presente o que cá não está
O Texto a ser é peculiar
Prediz que o que há por imaginar
tem sítio para ser e sítio para estar
O Texto é semente
que quem escreve sente
planta
e cuida de ver germinar.
Sem comentários:
Enviar um comentário