Ponte

Meu querido amigo

Que dor de alma, meu coração,

Que desalento

Estendi palavras na minha mão, mas levou-as o vento.


Não tive sorte na minha razão,

Partiu-se, irrazoável, em raiva 

em desunião


No nosso laço ficou um espaço

vincado sulco onde inculco escasso o esforço

o confiar-me a ti


Queria contar-te um sentimento 

que se desenhou, em que me-nos descobri

Mas não sei se conte...

Se me-to confie, 

                            a ti!


Aceitas abrir os braços, 

abraçar este perigo e seres-me-nos 

                                                       dele 

                                                                a fonte?

Posso contar contigo

P´ra seres a minha 

nossa

           ponte


enquanto estás aí?







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