Olhava a chuva, enquanto quieta chovia,
do céu, em catadupa.
O movimento cessava no olhar
Como uma fotografia.
Era o tempo a parar.
Neste meu contemplar,
descobri coisas admiráveis.
E quanto mais admirava, mais descobria,
a beleza singular de respirar outro dia.
É difícil ouvir no ruído,
mas uma voz veio e gritou.
Colou-se, forte, ao meu ouvido
Sei agora:
Foi p´ra isso que o criou!
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