Era uma folha pequenina
caída no chão do meu olhar.
Caída devagarinho
num silêncio nu,
só Teu.
Terra e céu
Luz imensa
Só luz sózinha
E eu calada, que falar é nada...
O que há é caminho,
E gente que anda...
Sobretudo, desirmanada.
Alcanço com as mãos o que não vejo
Vendo bem visto o que foge alcançar
Ensejo com o espírito o desejo:
Ter sempre como ensejo desejar.
O fogo que acende um dia cinzento
Incendeia a candeia do olhar
mas são estes olhos com que me invento
que, infrenes, desejam desejar.
Torna um pedaço de névoa e intento
Voar até ao sol que almejo alcançar
Mas são de cera as asas com que tento.
Elevo a alma, fixo alto o olhar
Que do céu cai, caíndo a passo lento
Porque ama esta terra e quer cá ficar.
Vendo bem visto o que foge alcançar
Ensejo com o espírito o desejo:
Ter sempre como ensejo desejar.
O fogo que acende um dia cinzento
Incendeia a candeia do olhar
mas são estes olhos com que me invento
que, infrenes, desejam desejar.
Torna um pedaço de névoa e intento
Voar até ao sol que almejo alcançar
Mas são de cera as asas com que tento.
Elevo a alma, fixo alto o olhar
Que do céu cai, caíndo a passo lento
Porque ama esta terra e quer cá ficar.
A noite promete alongar-se
em bocejos claros
de meia noite ao luar
Oh como é fácil estar-se
em meio papéis que me são caros
a escrever, a inventar...
As ideias, escorrem escorreitas,
Pelas vielas estreitas do meu pensamento
que promete alongar
todos os momentos de cada momento
em palavras que uso perfeitas
para imperfeita me expressar.
Escrever é isto, ter um jogo e jogar.
em bocejos claros
de meia noite ao luar
Oh como é fácil estar-se
em meio papéis que me são caros
a escrever, a inventar...
As ideias, escorrem escorreitas,
Pelas vielas estreitas do meu pensamento
que promete alongar
todos os momentos de cada momento
em palavras que uso perfeitas
para imperfeita me expressar.
Escrever é isto, ter um jogo e jogar.
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