Fui apanhada de surpresa
por uma súbita distracção
que me roubou a beleza
por ma ter posto na mão
Sou-me triste mas sou-me
na ânsia de não me ser
na pressa que se sume
de morta não vir a morrer
E sei que a perda que sinto
é a minha inocência a partir
para que nasça novo e sucinto
o que faz um escopo surgir
O de tragar o gosto do fel
e assim a mim atingir
aguentando firme e fiel
cruel a senda que é existir
É curta e seca a demanda
e daqui é sempre a descer
excepto p´ra quem voa, não anda
e no fim não se escusa viver
Melancolia
Do alto do esplendor enclausurado
olha-me a foice da melancolia
Vem ceifar-me a vida de outro dia
em que fôra triste mas amado
O que sinto agora não tem nome
resta uma frágil réstia de saudade
de quem morreu sempre a metade
sem que do outro a si nada se some
Aos poucos perco e me consome
um fogo fátuo tão inevitável
um verme que ao meu corpo morto come
Sou não mais que a imagem instável
de um vivo morto que sabe que dorme
sobre um monte de lôdo detestável
olha-me a foice da melancolia
Vem ceifar-me a vida de outro dia
em que fôra triste mas amado
O que sinto agora não tem nome
resta uma frágil réstia de saudade
de quem morreu sempre a metade
sem que do outro a si nada se some
Aos poucos perco e me consome
um fogo fátuo tão inevitável
um verme que ao meu corpo morto come
Sou não mais que a imagem instável
de um vivo morto que sabe que dorme
sobre um monte de lôdo detestável
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