Falso soneto acontecido no pretérito perfeito

Rompeu-se a continuidade do sentido
não tenho nada para dar e nada me é esperado.
Permaneço neste tormentoso torpor adormecido
esperando, só esperando a esperança em que era achado.

Rompeu-se a etiqueta do pedido,
rompeu-se-me o real debaix'os pés.
Permanecerei calmo, contarei até dez
pois nada pode fazê-lo agora ser expedido.

E preso, emparedado
espero tremor que me liberte
ferozmente enlouquecido.

Ser mais do que o esperado
além-mundo e não inerte
parece mais que feito, esquecido.

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