Reparei no branco a brancura.
Era a luz de uma cor tão pura,
Que feria a vista de um outro olhar.
Para ser vigilante, há que vigiar,
E não há senda que não seja dura,
Mas o valor do caminho está no caminhar.
Teremos nós olhos que vejam
para além do olhar?
Seremos almas que desejem
que uma só coisa as possa saciar?
Na Luz está a eterna ternura,
Que nos pode ao colo levar
A vida inteira, porquanto ela dura,
Até est'outra que não tem terminar.
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