Os pulsos
frágeis sentiam-se quebrar
daquela
que ora fôra donzela
às
mãos do cruel capataz
que
pudera ferir, mas não a ela.
Filho da
morte injusta que lhe fôra tocar
ao amor
devia a dor, aquela.
E de um
qual beijo sabia, assaz,
o noivo
que a nunca iria afagar.
Pois
feita morte foi toda ela,
ainda
antes de morrer.
E morto
morreu com ela
o vivo
que amando a fez nascer.
Negrume
tanto se ergueu
co' a vil
e cruel morte dela
que os
olhos que o viram breu
se
aprisionaram numa cela
A que o
peito encerra
E que
coração contristado
mortificado
p'la morte, ela,
podia
querer tanto o pecado
se o era
quere-la viva e bela.
Foi a ira
só depois da dor
o que
moveu tão grande amor
a coroar
sua donzela
co'
sangue e co' a dor
dos que
tiraram a seus lábios rubra a cor
dos que
ousaram roubar-lhe a vida,
Ela.
Para
sempre
Ela.
co'
sangue que derramou
vingou
tão grande perda
a da
única a quem amou
Além
morte chorou
Além
morte o fez
com
sangue e lágrimas honrou
Pedro a
sua amada Inez