O meu eu está de esperanças
esperanças do fim
dos amores irresolutos

choro de dores do parto de mim
E por entre as lágrimas de vários lutos,
danço com a morte

E se eu fosse puro pensamento?
Não haveria catarse em projecto.
Seria uma outra que não eu.

Mas não!
Carrego um corpo de carne
não sou pura
nem pensamento

Vejo-me real
e grito agora as dores do parto de mim
mas virei à luz
isso eu sei

imensa na espera Sei
que posso
agora posso
dançar com a morte
porque não me ferirá


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cinco anos de silêncio e uma tal de falta

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