Expiação VI

Cansada de uma longa caminhada
Pousei armas, mantimentos
A guarda farta e recuada
Não protege sentimentos
Nada do que lá está me diz nada

O rosto que estragaram com unguentos
Morre de alma desfigurada
Por sucessivos esquecimentos
Queimam os dedos com que fui tocada
A todos os dias e momentos
Em que olho a sua fachada

Lacerada à noite por tormentos
Que me fazem chorar calada
Ouço os gritos, os lamentos
Que só vêm à tona se sonhada
Para amanhecerem esquecimentos
Dessa dor de caminhada
Em que erraram todos os ventos
A trajectória desenhada

Que tivessem estado atentos
Não pedi mesmo mais nada.

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