Escrevi-as do meu sangue, as palavras desta carta em que vendi a alma em prol de um outro alguém. De corpo amputado sinto dores fantasma de um coração que dei.
Falar sem voz é perder o ouvido que tinha para a música.
E perder a música da vida é morrer insaciado.
Sentir a vibração do meu fado como se não possuísse para ouvir senão o coração
é sentir o meu bater que significa que não estou junto do teu
e passo a bruma da noite a imaginar como serias perfeito sem saber
por isso calo no colo os gestos de amor que tinha para te dar.
Guardo-os porque estás morto. Espero pelo teu fantasma e calada desejo-o
ainda mais do que desejei tudo o que era teu.
Por cá vou vivendo desmembrada a vida de quem já morreu
porque quando voltares, essa morta já não serei eu.
E perder a música da vida é morrer insaciado.
Sentir a vibração do meu fado como se não possuísse para ouvir senão o coração
é sentir o meu bater que significa que não estou junto do teu
e passo a bruma da noite a imaginar como serias perfeito sem saber
por isso calo no colo os gestos de amor que tinha para te dar.
Guardo-os porque estás morto. Espero pelo teu fantasma e calada desejo-o
ainda mais do que desejei tudo o que era teu.
Por cá vou vivendo desmembrada a vida de quem já morreu
porque quando voltares, essa morta já não serei eu.
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