Chega o dia em que a falsidade cai
e somos assombrados porque nos tornamos só um
e sorvemos deste corpo desnudado
(que é de mulher)
o leite de uma maternidade tardia.
mas como o fruto colhido do chão,
está pôdre, tocado, macerado este leite, este seio.
tu feito fogo e eu desnudada finalmente nos separamos
mas não pode ser sem mácula porque já não somos inocentes
vimos o que estava escondido
violámos as leis do pudor
em troca de um amor que era falso
que queríamos beber
mas que não passava de pó
areia num deserto que o fazia parecer maior
mas que era um colosso de vento
uma tempestade sêca como um dia frio de inverno
ou um outro demasiado quente de verão
sabemos que os opostos se atraem
e fomos esse instante mágico
em que uma metade encontra a sua completude
fomos a perfeição e rendemo-nos aos braços nus um do outro
mas estava tão certo que se tornou inconcebível
porque era proíbido.
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