Literatura de palha sob tule de dossel

Juntei um monte de folhas de papel

Eram literatura de gaveta

Não tanto de cordel


Não quis pôr lá palavras públicas porque era de um segredo que eu falava

era um segredo que lá estava

espraiado em tule de dossel

sobre uma cama de palha

que acabaria por se incendiar

cumprindo-se fiel



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cinco anos de silêncio e uma tal de falta

E parecia, sim, que a vida tinha perdido alguma cor Que o frio gelava mais,  que o sol já não brilhava da mesma forma E eu só queria que me ...