Dá-me Tu a mão

Procurei por todo o lado

Procurei nos novelos de palavras com que se tece o real

Um fio dourado que me enviasse ao fim do labirinto


Não sou de mim

Se sofro, minto

Ponho um sorriso e finjo que não estou a acontecer

Anestesia-se em mim a razão que faz doer e então sou forte

Resiliente e exemplo a ser


Mas se sou assim, se deixo de sofrer em mim

Passa o real a sofrer afim

à minha dormência, ao meu doer


Tanto nos dizem que a vida dá

Tanto que prometemos

que seremos

faremos e saberemos 


Eu cá estou só cansada


É que nunca acreditei em nada do que ouvia dizer

E com alguma razão...


Estou cansada, Senhor!

Dá-me Tu a mão!!


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