Pharmacia II

Com que dores se pariu
o batente empedernido
molhado de lágrimas em rio
aos pouquinhos foi remido

Tornado carne o batente
fez-se feito um coração
falava-lhe agora toda a gente
co'as palavras de um irmão

Mas quem via isso agora
era quem lá não pertencia
era quem estava de fora
do mundo em que vivia

Fora-dentro pois morava
o olho que ao Todo via
Não vendo o visto assim esbarrava
contra um muro de ironia

Esta mão que perfurava
ao horizonte a fátua linha
no peito ia e guardava
aquilo tudo que não tinha

Sem comentários:

cinco anos de silêncio e uma tal de falta

E parecia, sim, que a vida tinha perdido alguma cor Que o frio gelava mais,  que o sol já não brilhava da mesma forma E eu só queria que me ...