Tanto ser desperdiçado

Ora bem, isto é assim: Acordei, é verdade, hoje acordei, para a morte do costume, para me encher de coragem e para afiar deste punhal o gume de outra margem. Da outra margem de mim... Vi um rosto no espelho: Tragicomicamente, cheirou-me a velho, a pôdre, a doente. AhAH!!! Não és uma máscara... E não há mão de te manter. Mata-me de te ser sem que passe esta vidinha... (Quis vomitá-lo, mas era meu e não saía...) Desapaixonei-me enquanto ria!!! Desapaixonei-me enquanto ria e agora sou livre, de ser à sorte.
Tantos lugares desperdiçados... Tanto tempo estragado... Sem ter, tenho mão de me perder... Esvair-me-ei...

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