A noite passou por mim e eu por ela.
Ao lado do que passava me contristava
por ser breu em vez de bela
a toada que dentro de mim vibrava
Perguntei aos céus porque não havia lua,
enquanto que por meio árvores passava.
Se era de todos, tão minha quanto tua,
por que razão então lá não estava?
A tristeza da noite assim é descalabro
Holocausto de vivos e de mortos
que surgem trás as portas que abro
de toscos armários velhos, tortos
guardiões silenciosos do macabro
ser, que é mais detestável que os porcos
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