A bruma amanhece-me na boca
e vejo-te
é inverno no teu corpo
e chovem-lhe estilhaços do meu peito
amei-te todas as tardes
A bruma amanhece-me na boca
e imagino-te
é inverno no teu corpo
e beijo-te os lábios do mármore tão fino
amei-te todos os crepúsculos
A bruma amanhece-me na boca
e lembro-te
é inverno no teu corpo
e toco a tua pele impossível de pano cru
amei-te todos os ocasos
E anoiteceste para sempre TU
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