core mortuo

Embalei no colo gritos sem quê nem quando. Retirei de ti a dor de quem perde a fala. Mas qual é o cantar latente que morre? E qual é a voz de gemer que se cala? AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Troquei frases contradicentes brincando. Quis devolver-te a calma em vez de roubá-la. Mas qual é o dia pálido que não corre? E qual é a brasa que arde e não estala?
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
O espelho lembra-me que parto. a minha imagem morre num querer quebrado, e sonho viver. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
O eco de te berrar está farto. o teu silêncio distorce um vir de ser estragado, e sonho morrer.

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