Velho Rei da Lucidez

a imagem do teu rosto
traz um véu de não saudade
que desdiz a tua idade
à força de proteger
a crosta fina
do que já não termina
porém cessa de doer
o
E cruel à moda infante
perdes a cada instante
a mó de redimir
o
Tens pouco tempo para rir!
Pouco também para fugir
mas danças como se valesse a pena
e por coisa mais pequena
já vi muito se perder
o
Deixas-te caír
sem caíres em ti
e sobra uma migalha triste
do que jamais existe
Sobre a espera
tudo tenho a dizer,
é uma esfera
que te encerra
e mantém longe
o meu poder!
o
Ó como eu gostava
de te ter
dependendo
ou não
isso de mim
afastar-te para perto
do calor tímido
e incerto
com que abraço
o meu morrer
em teus braços de vida
sem mácula
nem ferida...
és pois tu o meu querer!

Gong Fu Enquanto gastava a minha energia ( e como fui feliz! ) Não conhecia os frutos do tempo. Há frutos que só amadurecem  na adversidade ...